Mauricio Lima - Fotojornalista


Crianças afegãs em Marjah (Mauricio Lima)


Maurício Lima é o mais importante fotojornalista do Brasil (talvez do mundo) na atualidade. Vencedor do premio da revista Time de melhor fotógrafo de agência, em 2010, Lima retratou a vida dos mariners americanos e o dia a dia das pessoas comuns, que tentavam se acostumar com o conflito no Afeganistão.

Com formação em jornalismo e história da arte, Lima também se interessou por culinária, e trabalhou como assistente no renomado restaurante Fasano, em São Paulo. Algo no mínimo curioso pra um cara que fica dias e dias comendo qualquer coisa em bases militares e espeluncas no meio do Oriente Médio. O fotógrafo ingressou no fotojornalismo trabalhando para o jornal Lance, logo em seguida foi contratado pela agencia France Press, onde trabalhou por onze anos.

Atualmente, Lima atua como fotógrafo freelancer, realizando projetos  próprios. Ficou, recentemente, em um desses projetos por dois meses, no Afeganistão, com exclusividade para o New York Times.
Suas imagens possuem um caráter humano muito forte, apesar de ser um fotógrafo especializado em conflitos, ele não pauta seus trabalhos pela guerra, mas sim pelo efeito que ela causa em seus atores, seja nos soldados ou nas pessoas que convivem diariamente nesses verdadeiros barris de pólvora.

O grande mérito de Mauricio Lima é, apesar de estar um local repleto de fotógrafos, conseguir imagens originais e marcantes. Evidenciar a humanidade de situações desumanas. Suas imagens possuem uma coloração característica e um foco ligeiramente suave. É possível identificar uma foto dele logo de cara.

Mais do que uma inspiração, Lima é um exemplo que busco seguir em minha trajetória profissional, tanto pelo sucesso, quanto pela forma em que aborda seus temas. Acredito que é possível enxergar a influência dele no meu próprio trabalho (Lima, CIA de Foto e Salgado são algumas das minhas principais fontes de inspiração).

Mauricio Lima é não é tão reconhecido aqui no Brasil como lá fora. Grande Absurdo.

O curioso é que o fotógrafo não possui site, provavelmente é por falta de tempo, mas gostaria muito de ver uma exposição dele aqui no Brasil.